Neste último torneio virtual tivemos uma disputa emocionante entre as associações, além do número maior de atletas competidores em relação a primeira edição, o que tornou as categorias maiores e mais competitivas.
E a associação Budokai de Tocantinópolis – TO se destacou ficando em segundo lugar com a diferença de somente uma medalha de prata em relação a bicampeã Kenshinkan do Rio de Janeiro.
Fizemos três perguntas aos representantes das três associações vencedoras do 2º Torneio Virtual SKIF de Kata: Sensei Paulo Santos, responsável pela Kenshinkan, também e o Diretor Técnico da SKIF, Professor João Ribeiro Junior, representante da associação Budokai de Tocantinópolis – TO e o Sensei Élcio Pinto, representante e competidor pela Unicam – Universal Clube de Artes Marciais, um antigo aluno do Sensei Furusho e instrutor do Honbu Dojo SKIF Brasil.
1 – Sensei Paulo, a sua associação tem longo histórico de vitórias nas competições da SKIF Brasil. A que o senhor atribui este sucesso?
– Eu atribuo as nossas vitórias, da nossa associação, dos nossos competidores a uma dedicação, dedicação ao treino do karate, dedicação a nossa organização SKIF. Um somatório tanto do ensino quanto do aprendizado. E o resultado é esse. Competições e Vitórias, embora o meu objetivo não seja o karate competitivo. Nós competimos, pois existe a competição e elas fazem parte do processo do aprendizado. Esse acaba sendo o resultado de um treinamento global voltado tanto para competir, como para filosofia de vida e defesa pessoal.
2 – Quanto a nova modalidade de competições virtuais, o senhor imaginou algum dia que isto pudesse ser realidade no karate?
– Realmente eu nunca imaginei que o karate chegasse a esse ponto de ter uma competição virtual, mas infelizmente é a nossa realidade atual. Então temos essa ferramenta e está sendo super positivo.
3 – O senhor acha que o karate pode evoluir sem perder a sua força proveniente de suas raízes?
– O karate vem evoluindo todos séculos e podemos evoluir cada vez mais, mas sem perder a essência do karate, o DO, o caminho marcial, apesar de toda a evolução, não podemos perder. Temos que treinar karate BUDO, não só o karate esportivo. Tanto que eu não chamo karate de esporte. Para mim é um modo de viver, um caminho marcial, uma arte marcial, um modo de viver.
1 – Professor João Ribeiro, apresente-se para nós, fale de como iniciou o karate e de sua experiência na SKIF Brasil.
– Meu nome é João Ribeiro Jr, sou natural de Tocantinópolis – TO, onde iniciei meus treinamentos de karatê em 1985, com Sensei João Batista. Em 1987 precisei mudar para Belém – PA, para continuar os estudos escolares e conheci Sensei José Pereira. Retomei os treinamentos e me graduei faixa preta, em 1993. Através de meu Sensei e do Sensei Teruo Furusho conheci a SKIF e me identifiquei totalmente com a escola, onde atualmente meu Dojo também é uma escola credenciada.
2 – A que você atribui o sucesso de sua associação neste último torneio?
– Grande parte dos bons resultados que já conseguimos se deve ao comprometimento dos alunos. São dedicados em assimilar tudo o que é repassado, não faltam aos treinamentos. Estão sempre atentos aos detalhes do que ensino a eles. Somado a isso, tem a base sólida de conhecimento que tive e ainda sigo fortalecendo com meu Sensei José Pereira e com o suporte que a SKIF me proporciona.
3 – Qual sua expectativa para os próximos eventos considerando as incertezas do esporte frente a atual situação mundial de pandemia?
– Eu acho que eventos presenciais ainda devem levar um tempo para que voltem a acontecer. Muitas regiões no mundo ainda estão em situação bastante complicada, inclusive o Brasil. Com a facilidade das novas tecnologias que surgiram, os eventos virtuais são uma tendência que deve fazer parte de nosso dia a dia.
1 – Sensei Élcio Pinto, como foi conciliar a condição de representante, treinador e atleta no ultimo torneio SKIF de Kata?
– Eu faço isso com maior carinho e maior respeito primeiramente pelo karate, que é uma coisa que eu faço e gosto muito e que eu aprendi. Se teve uma coisa que eu aprendi bem na vida foi o karate. Primeiro porque eu tive um excelente professor, o mestre Teruo Furusho e também tive o Penha como meu grande mentor e representar a escola para mim e um grande prazer. Na realidade eu gosto muito mais de estar treinando, de estar fazendo kihon, kata e kumite do que da parte administrativa e isso agora tem me dado uma força tremenda.
2 – A Unicam, em relação ao primeiro torneio, caiu uma posição. A que deve-se este resultado e como alcançar os lugares mais altos no pódio nas competições de kata?
– Com essa pandemia e a questão do pessoal estar sem treinar, sem emprego foi muito difícil reunir os atletas, principalmente com as restrições que tivemos na Unicam. Mas com tudo isso, conseguimos reunir algumas pessoas para treinar no Maracanã, na praça, ou ocasionalmente no dojo para fazer e gravar esses katas. E temos certeza, que quando voltar a normalidade, o nosso grupo vai estar muito mais forte e vamos continuar conseguindo o nosso lugar no pódio.
3 – Como você avalia as competições virtuais e seu resultado nos atletas que sofrem com a diminuição da intensidade dos treinamentos?
– No Virtual, por mais que os atletas estivessem destreinados, os que competiram estavam com muita vontade e eu vi nos olhos dos atletas a satisfação de estar treinando e participando do torneio. Isso foi um ponto positivo. Tanto que conseguimos o terceiro lugar geral e isso para nós foi muito importante, como se fosse um combustível, para treinarmos mais e mais e continuarmos juntos.
1 comentário
Foi um excelente evento e fiquei muito feliz em poder participar.. . Muito obrigado a todos que fazem a SKIF Brasil. Oss!!
E parabéns !!!